Antes dos 40: Pacientes mais jovens mudam rotina após câncer de mama

Descoberta da doença aos 34 anos transformou a vida de Janaína Santana, que superou o tratamento e hoje dedica seu tempo a apoiar outras pessoas na luta contra a doença

Foi durante um autoexame, aos 34 anos, que Janaína Santana descobriu um nódulo no seio. O diagnóstico: câncer de mama. A notícia trouxe consigo o medo. “A palavra câncer carrega o estigma da morte e eu pensei que iria morrer”, afirma.

Na época, os filhos gêmeos, Heitor e Isabela, tinham apenas três anos de idade. “Quando raspei a cabeça eles eram muito pequenos e disse que precisei porque estava com piolhos”. Foram um ano e meio de tratamento, uma cirurgia, sete sessões de quimioterapias, 20 sessões de radioterapia, cinco anos de hormonioterapia, até chegar à remissão da doença.

Médica oncologista da Oncomed, Letícia França destaca que em mulheres mais jovens, a doença costuma ser mais agressiva. “Ela afeta a fase reprodutiva, geralmente as mulheres estão com filhos pequenos. Tudo isso afeta o psicológico da paciente”, destaca.’

De acordo com a médica os diagnósticos estão surgindo cada vez mais precoce, mas ainda não há dados científicos que comprovem os motivos, por isso, a importância do autoexame que possibilita às mulheres descobrirem a doença em estágio inicial. “As chances de cura não aumentam porque a mulher é mais jovem, mas quanto mais cedo se descobre a doença, por isso, a Campanha Outubro Rosa traz esse alerta para que as mulheres conheçam o próprio corpo e procurem atendimento médico sempre que notarem alguma diferença”, avalia a profissional.

Foi o caso de Janaína que, graças à descoberta no estágio inicial, fez um procedimento cirúrgico menos invasivo, a quadrantectomia, que retira apenas o quadrante da mama afetado pela doença. “Não podemos evitar o câncer, mas podemos prevenir. Estou aqui pra dizer que não é fácil ter câncer, mas é possível vencer”, destaca.

Propósito de vida – Dez anos depois da descoberta da doença, aos 44 anos Janaína vive uma rotina que jamais imaginou antes do câncer. Ela se tornou ativista pela causa oncológica e fundou a Associação de Apoio aos Pacientes Oncológicos de Cuiabá (AAPOC). A instituição sem fins lucrativos dá suporte e orientação a quem passa por esse processo, sobre consultas, biópsias e tratamento.

“Surgem muitas dúvidas sobre o fluxo do que fazer depois de receber o diagnóstico e muita gente sofre e morre por falta dessa assistência”. Em 2025, a associação completa cinco anos de existência com mais de 400 pacientes atendidos em todos os tipos de câncer.

Para Janaína, a descoberta do câncer antes dos 40 foi difícil, mas conhecer essa causa tão cedo, ajudou a enxergar seu propósito de vida. “A causa oncológica é justa e urgente e estamos aqui pra mostrar um caminho”.

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