Iniciativa promovida pela Oncomed-MT em parceria com o INAC oferta exames, consultas e manhã de roda de conversa com médicos especialistas
A cada 7 minutos, um homem recebe o diagnóstico de câncer de próstata no Brasil. Com a estimativa de mais de 70 mil casos por ano, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) a doença é conhecida de perto por Gilson Barreto, 55. O câncer que atingiu duas gerações da família, acometeu o avô e o tio. Preocupado com a saúde, passou a fazer o rastreio da doença e foi um dos participantes do Mutirão Solidário.
Gilson apontou a criação mais simples e a falta de conhecimento com uma das principais causas do diagnóstico tardio na família. “Meu tio e avô esperaram tempo demais, quando o diagnóstico veio, já estava em estágio avançado. Como a família toda passou pela tensão da doença, nós ficamos mais atentos com a saúde, porque se eu tiver algum problema ainda dá tempo de resolver”.
Para Aminadabe Neves da Silva, 59, o preconceito passou longe de ser um empecilho para o cuidado com a saúde. “É uma besteira esse preconceito com o exame. Eu só não fiz antes por falta de oportunidade. Não existe essa coisa de ‘eu sou homem, não posso fazer exame de toque’. Tem que cuidar da saúde sim, não pode deixar pra lá”.
Durante o evento, a diretora administrativa e oncologista clínica da Oncomed-MT, Cristina Guimarães Inocêncio, destacou a importância da disseminação de informações para a detecção precoce. “O importante é que vocês sejam multiplicadores. Levem a mensagem para os pais, tios e avôs da importância de fazerem os exames de rastreio. O diagnóstico precoce salva vidas e continuaremos trabalhando para que o propósito do Novembro do Azul seja atendido”, ressalta.
Papo de homem – Mensagem chave da campanha, os exames de rastreios e formas de tratamento foram alguns dos assuntos abordados na roda de conversa com os médicos especialistas. Entre os participantes o urologista Fernando Leão, o oncologista clínico Gabriel Zanardo e os rádio-oncologistas Claudio Ohashi e Antônio Cássio Pellizzon.
Entre olhares atentos, uma a uma, as dúvidas foram atendidas, entre as mais frequentes os sintomas voltados ao sistema urinário. “Nem todos os sintomas estão ligados ao câncer, às vezes ocorre em função do avançar da idade, por isso reforçamos a importância de buscar o médico para realizar os exames de rastreio”, explica o urologista Fernando Leão.
A idade para realizar o procedimento, principalmente para aqueles homens com casos na família, também esteve entre as perguntas. “O recomendado é que a partir dos 45 anos os exames como o de sangue (PSA) e o de toque retal sejam realizados anualmente. A detecção precoce eleva as chances do tratamento ser efetivo e com mais chances de cura”, destaca o rádio-oncologista Claudio Ohashi.
O oncologista clínico, Gabriel Zanardo, destacou as terapias disponíveis para tratar o câncer de próstata. “Trabalhamos o paciente de forma individual. A partir do rastreio, conseguimos identificar a melhor terapia para o paciente, entre elas estão a cirurgia, a quimioterapia e radioterapia. Terapias que, inclusive, vem sendo beneficiadas com a constante evolução tecnológica”.
A tecnologia também foi assunto abordado pelo consultor em radio-oncologia da Oncomed-MT, Antônio Cássio Pellizzon, que falou um pouco mais sobre a modalidade considerada um dos pilares do tratamento do câncer de próstata. “Com a inovação tecnológica possibilitamos que o tratamento radioterápico seja cada vez mais eficaz e com menos efeitos colaterais. De acordo com cada caso, conseguimos diminuir o número de sessões sem comprometer a eficácia do tratamento e garantindo qualidade de vida”.
Parceria – Além da oferta de 100 exames de PSA, promovido pelo INAC, o Mutirão Solidário também contou com parceria da farmacêutica Johnson&Johnson.