Avanços na radioterapia melhoram tratamento do câncer de cabeça e pescoço

Tecnologias inovadoras aumentam chances de cura e reduzem efeitos colaterais

Estima-se que, em 2024, aproximadamente 40 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço, incluindo tumores na boca (cavidade oral), laringe e tireoide, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Entre os tratamentos mais utilizados, a radioterapia é essencial para cerca de 70% dos pacientes diagnosticados. Com os avanços tecnológicos, a Radioterapia de Intensidade Modulada (IMRT) se destaca, proporcionando maior precisão no tratamento, aumentando as chances de cura e reduzindo os efeitos colaterais.

Empregada desde 2016 na Oncomed-MT, essa modalidade avançada de tratamento é extremamente precisa, permitindo a administração de altas doses de radiação diretamente no tumor, enquanto minimiza a exposição dos tecidos saudáveis. “Um dos principais benefícios é a preservação das glândulas salivares, como as parótidas, resultando em menos reações na pele e mantendo, em muitos casos, a função degustativa e salivar, o que proporciona uma melhor qualidade de vida após o tratamento”, explica o radio-oncologista Claudio Ohashi.

Para o médico, o tratamento do câncer de cabeça e pescoço é um dos mais complexos, pois afeta o primeiro órgão do sistema digestivo e pode debilitar o paciente significativamente, prejudicando sua alimentação e hidratação. Por isso, é crucial utilizar técnicas assertivas para reduzir os efeitos colaterais. O especialista também enfatiza a importância de um protocolo multidisciplinar no tratamento, garantindo uma abordagem abrangente e mais eficaz.

A equipe inclui oncologistas, físicos médicos, técnicos de radioterapia, enfermeiros, nutricionistas, fonoaudiólogos e dentistas. “Cada membro da equipe desempenha um papel crucial. A nutrição é vital, com a administração profilática de sondas ou gastrostomias para garantir que os pacientes recebam a alimentação necessária. Já fonoaudiologia é fundamental para reabilitar a deglutição e a voz após o tratamento”, ressalta Ohashi. Essa abordagem integrada não só melhora os resultados do tratamento, mas também ajuda a manejar e mitigar os efeitos colaterais.

Prevenção – Um dos principais fatores de risco para o câncer de cabeça e pescoço é a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV). Esse vírus é particularmente comum na região da orofaringe, que inclui a base da língua, as amígdalas e as partes lateral e posterior da garganta. Para prevenir a infecção, a vacinação é recomendada, uma vez que protege contra quatro tipos de HPV, incluindo os tipos 16 e 18, que estão associados ao câncer de colo do útero e ao câncer de cabeça e pescoço.

Além da vacinação, o uso de preservativos durante as relações sexuais, incluindo o sexo oral, pode ajudar a evitar o contágio. Outros fatores de risco incluem o hábito de fumar e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Quando combinados, esses fatores aumentam em 20 vezes as chances de desenvolver o câncer em comparação com pessoas que não fumam e não bebem em excesso.

Detecção precoce – A atenção só sinais é essencial ao aumento das chances de cura, que pode alcançar até 90% nos estágios iniciais. Sintomas como feridas na boca que não cicatrizam, nódulos no pescoço, rouquidão persistente, dor de garganta constante e dificuldade para engolir devem ser investigados imediatamente.

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